quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Rascunhos de outro dia

Se todos os dias fossem rascunhos um do outro, não haveria dia completo, ou seja, todos estariam por se tornar um dia pronto e acabado. Assim, não precisaríamos acalentar aquela idéia tola de esperar pelo "grande dia", pelo dia da felicidade ou completude. Estaríamos consciente de que, tudo em nós e a nossa volta é um grande rascunho daquilo que realmente desejamos ou queremos realizar. Dessa forma, teríamos uma visão mais definida dos nossos próprios sonhos, anseios e do nosso lugar e presença no mundo. Logo, nos sentiríamos mais incomodados e menos acomodados em nossas certezas e verdades, por outro lado,mais afeitos às mudanças, menos conservadores e desapegados às formas e padrões ultrapassados.
Enquanto não sabemos expressar e defender nossas próprias questões, vamos acumulando rascunhos em nossa massa crítica, afim de, transformá-los em arte final e confrontá-los com as proposições, propostas e solicitações que nos apresentam todos os dias que, logicamente, são rascunhos saidos da cabeça de alguém.

Augusto Bapt

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Salve o jongo Contemporâneo!

Olá,comunidade Homo-Senzaliensis!!!Salve o Jongo Contemporâneo!!! Um grande Sigabéns para todos os Quilombolas espaciais,astronautas do insondável,território fora de domínio da colonização eurocêntrica!!! Salve o Jongo Contemporâneo!!!Que sigalivre a neo-cosmologia dos astros pós-coloniais!!! O Universo tá em constante mutação,logo,a consciência humana não pode se entregar a estagnação e permanecer aprisionada a dogmas,formas ultrapassadas que não dialogam com outras perspectivas...sigabéns!!!

Passagementalização

Passagementalização

Password passworld que se abra pra eu passar

Com meu passo passbird daqui pra outro lugar...

Passo solto a passear solto passos pelo ar

Compasso composto de sola e calcanhar...

Pé ante pé dois pés constantes contrações

Saltos sobre saltos pertinência paralela

Contrapontos entrepostos marcantes posições

Pés de Pato pés de Ganso pedalam a tabela...

Campo contra campo Campo de concentração

Pés pobres pés descalços sobram na favela...

Templos passatempos pré-ocupação

Teatros boatos retratos permanência amarela.

Signos códigos chaves decodificação

Data show bit megabit gigabit descanso de tela.

Poética Afética.

Vivo nessa cidade desde que nasci. Até hoje, tive montanhas silícicas de tempo concentrado, entre tempestades e calmarias, pra executar duas simples lições: conhecer e amar esse micro/macro universo chamado Rio de Janeiro.
Muito antes do meu encontro ou flerte com a indústria cultural do cinema/música, na década de 1980, já havia mergulhado em águas barrentas de lagoas formadas pelas chuvas periódicas que regam os diferentes jardins da cidade. Os naturais, os feitos por pessoas comuns e os sofisticados projetos paisagísticos, desenvolvidos por especialistas como Burle Marx, inspirados na “vocação do Rio para o turismo”. Balela ou não, nossa cidade é nosso tudão!
“ Cidade maravilhosa, terra de encantos mil...cidade maravilhosa, coração do meu Brasil...”
Se considerarmos que o pulmão é Amazônico, o cérebro Sãopaulônico sobre corpos nordestinos, o Rio pode ser um tipo de coração que bate em andamento prestíssimo, quase saltando pela boca.
Minas, com sua “vocação para o turismo histórico religioso e sertão literário, seria uma espécie de metacoração que bate noutro tempo, mais dentro do corpo.
-Bate!
Era um parceiro do meu time, gritando e fazendo sinal pra que eu puzesse a bola no peito dele.
Vai! Essa era minha resposta, seguida de um chute preciso, porém, sem muita potência. Naquela época eu era muito magrinho, mau conseguia dar conta do peso da bola e das chuteiras ou melhor dos Kichutes.