terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Resíduos conceituais.

Tenho pensado, dito, escrito e cantado os resíduos de um procedimento que inventei pra criar um corpo melódico, baseado na métrica tradicional do Jongo. Depois de vários experimentos, sozinho e com outros músicos, cheguei a conclusão de que se tratava de uma nova linguagem musical. No útero da MPB com todos os seus séculos de história e estágios de elaboração, seus vários eventos inovadores e transformadores, que tanto contribuiram para formação de muitos de nós e nos ajudaram a entender melhor nosso DNA de cidadão Brasileiro, que ainda preserva sua maior característica: a de construtor. Nosso País ainda está em construção,em muitos aspectos, apesar de passearmos por entre ruínas em muitas cidades por aí. Aqui, na cidade do Rio de janeiro, não é diferente. Nossas comunidades vivem sob uma ditadura arquitetônica, gerada na extrema necessidade de ter um teto qualquer pra se defender dos surtos do tempo, esse Deus implacável, que adverte com ações marcantes e definitivas.
Quando me dei conta dessa paisagem recorrente nas periferias e nas favelas, saquei que era a imagem do desespero que aquelas pessoas viviam ou morriam, sei lá!

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