quinta-feira, 21 de julho de 2011

Rascunhos.

Bem, agora, não tem mais volta. Estou vivendo a aventura literária que vai desaguar no oceano salgado das lágrimas retidas nas minhas entranhas. Nossa! Que surto! Que rompante! Como diz, o parceiro e amigo, Mano Brown: "É desse jeito!" Gosto disso!
As coisas, conectam-se, entre si, de acordo com as possibilidades. Só é, aquilo que pode ser. Mas, quem determina o que pode e o que não pode, são as pessoas que manipulam e operam as coisas. Aparentemente, não há nada de novo nisso, a não ser o fato
do quem e de onde se fala. Nesse caso, quem está falando sou eu, de um lugar, definitivamente, meu. Logo, se é meu, conheço e domino as suas propriedades, o que me faz proprietário desse lugar e das coisas existentes nele. Nada ou tudo a ver com Max Weber e os princípios da propriedade privada. Seria esse meu lugar, um território privado? Ou seria público? Não importa!
Quando alguém fala: "Ah! A minha vida pública é uma coisa. Já a minha vida privada é outra." Na verdade, ningúem vive duas vidas. A vida é uma só! O máximo que se consegue é por em prática, procedimentos diferentes para cada situação, o que já exige, uma certa habilidade e domínios de linguagens específicas. Em outras palavras, isso quer dizer que é muito difícil separar as coisas que, convencionalmente, estão juntas.
Nos acostumamos a entender como vida, o período, pós- nascimento e pré-morte, tudo que está fora dessa equação, soa como algo pré-conceitual, ou seja, pode ser chamado de qualquer coisa. Nossa ignorância, nos conduz, como se fôssemos cegos e nos diz:- vai! Fala isso, fala aquilo...faz isso, faz aquilo. Aí, sem perceber já estamos atuando no campo minado do "preconceito ativo", que é um estágio perigoso dessa doença humana. A ciência ainda não trata do preconceito das outras espécies do reino animal.
Pelas linhas expostas aqui, parece que, ser preconceituoso é quase natural,né? É como se todos nós, independente de qualquer característica ou grau de formação, trouxéssemos no nosso kit de primeiros socorros, um chip carregado de códigos, responsáveis pelas ações preconceituosas que praticamos a todo instante.
Às vezes, perece mesmo impossível, pra algumas pessoas, separar o preconceito dos seus atos mais básicos. Ou seja, casos, quase perdidos.
Ora, bolas! Curaios! O que tem a ver o cu com os furos das meias velhas?
Tudo a ver! Tudo é furo! Ambos são passagens, são saidas. É isso! Não deixe que sua ignorância privada aprisione sua inteligência pública. Não se isole, procure ajuda, preconceito é doença, pode causar atrofia neuronal.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Manias e tiques...

Todos nós temos nossos traços de comportamento, certo? No entanto, nem todos os traços são aceitos, facilmente. Algumas pessoas levam muito tempo, pra catalogar todos os seus "tiques" e todas as suas manias.
Nunca me preocupei muito com isso. Sempre deixei rolar. Hoje, se lanço uma lanterna sobre minha tragetória comportamental pregressa, sei que vou encontrar vários detalhes que assimilei por conta dos envolvimentos diversificados que tive com pessoas de culturas diferentes, interesses e objetivos ideológicos diferentes...no campo social somos o espelho e o reflexo ao mesmo tempo. Refletimos e somos refletidos pelos outros, que também refletem e são refletidos por nós e por outros...assim, como em uma espiral sem fim, sem fim...
Enquanto escrevo essas linhas, me lembro de uma atividade que faço, com certa frequência, sendo bem sincero, com frequência exagerada...daqui a pouco falo sobre ela. Só consegui colocá-la nessa categoria de "minhas manias", recentemente. Ainda estou me acostumando com essa nova companhia e, nem posso dizer, se é indesejável ou não. Uma coisa não tenho como negar, toda vez que faço, me pego no "flagra" e me suborno, pra não parar de fazer. Isso é no mínimo, curioso. Estou me observando. Um dia resolvo pra sempre, acredito no meu bom senso.
Na real, somos o resultado da junção de uma variedade de códigos que se combinam e que se descombinam, por isso, somos cheios de virtudes e defeitos, somos causa e efeito. Ao mesmo tempo, estamos indo e voltando, sem sair do lugar. Em outros casos, percorremos caminhos variadíssimos, sem compreender a dimensão exata do espaço que temos a nossa disposição. Somos elementos, peças de uma obra ,engenhosamente, genial.
Durante a feitura desse texto, me dei conta de uma prática ou hábito muito frequente em meu comportamento. Daí, o título "Manias e tiques."
Não posso ficar perto de guardanapos. Como assim? Passo mal, tenho surto alérgico? Não! Nada disso!
Sou apaixonado, profundamente, dependente desses pedaços de papel, que ficam organizadinhos nos balcões dos bares, lanchonetes, restaurantes e afins...quando bato os olhos, automaticamente, meus sentidos se confundem e meus atos fluem sem controle, meus braços se extendem, como se fossem tentáculos e as mãos alcançam o alvo, objeto de desejo dos olhos e de outros órgãos também. Já descobri ou inventei
várias funções para esses nobres retângulos de celulose,conhecidos como guardanapos.