quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Homem de Pedra.

Ah! Fulano tem coração de pedra! Todos nós, não só já ouvimos isso, como conhecemos pessoas, não com "coração de pedra"...mas, com o reservatório emocional congelado, aquela coisa fria, seca, feito Brasília, em dias de inverno.
Mesmo essas pessoas, enquanto vivem, derramam-se por dentro, em rios de sangue ininterruptos de uma artéria à outra, pra que todo o corpo funcione.
Imagine um homem que passou por uma experiência química e teve boa parte do seu sistema nervoso afetado...depois de um certo tempo, suas células começaram a empedrar...mas, por algum fenômeno inexplicável da ciência, o homem permaneceu vivo. É claro, que você vai lembrar logo, daquele estranho Super-herói dos quadrinhos: " A COISA". Exatamente!
Eu também lembrei.
Abri essa janela pra pensar melhor sobre um outro fenômeno científico, que segundo os mais antigos, aconteceu aqui no coração da América Latina. Pra início de conversa, o maior barato dessa estória é saber que toda a lavagem cerebral realizada pelo Eurocentrismo, sobre os "não europeus" não foi capaz de apagar os vasos sanguíneos cheios de informações milenares, contidos nas centenas de milhares de corpos abatidos e soterrados nesse território.
Cientificamente, já entendemos que a Terra é o "Planeta laboratório". Aqui, como dizia, Lavoisier: "Nada se cria, nada se perde, tudo se transforma". Essa característica fantástica deve-se as condições orgânicas da composição e do posicionamento da Terra em relação ao Sol. Em outros planetas não é assim. Ser o terceiro planeta do sistema, contribui muito pra que seja desse jeito. Não está tão perto, nem tão distante do alcance da energia Solar, responsável por todos os processos de transformações em sua natureza.
Um dos meus mestres Invisíveis, o guardião do Templo sem Teto e Inspirador do Quinto decanato, me ensina que o voo é um trabalho como qualquer outro, é uma operação de movimentos, impulso, pulso, fluxo e refluxo.

domingo, 16 de outubro de 2011

Criartinomia, a série

Criar é mais que apaixonante. É tudo! E por pior que seja, a criação, significa um processo iniciado, desenvolvido e concluído.É o pleno exercício da "escolha", com liberdade, consciência e autonomia. Enquanto crio, nenhum sistema é maior ou melhor, que aquilo que estou criando. Assim, experimento todo poder do ato criativo como se fosse um jato de vida a mais, no deserto de tantos mortos, onde verbo e verba, não são termos da mesma língua. Por mais subjetivo que seja o ato criativo, exercito a compreensão da objetividade da vida. Nesse contexto, não estou interessado em provar nada pra ninguém, só estou comprometido com o desenvolvimento do meu processo criativo, nada mais. A dimensão dessas criações, não me importa. Pequenas, grandes... maximais ou minimais, se somarão ao conjunto da obra e como dizem os pretos velhos deitados: "pequenos sinais, podem significar grandes histórias,ainda não contadas" ou grandes caminhos ainda não percorridos.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Pedra Colonial

Bem, até onde sabemos, pedra é pedra, não tem sentimentos. Se algum dia encontrares uma pedra chorando ou cantando um Fado, não se assuste, pode ser uma pedra portuguesa.
Tá aí, um fato intrigante. As pedras existem antes da presença do homem no Planeta, pra mandar papo reto,quero dizer que, as pedras nunca dependeram do homem pra sentir ou deixar de sentir. Logo, me ponho a neuroniar...que tipo de gente, ficaria olhando pra um pedaço ou um monte de pedras à espera de alguma reação sentimental?
Não se preocupe em responder, isso não é um teste de conhecimentos gerais, isso é um texto de conhecimentos específicos. Se você não gosta de Geologia, Mineralogia, Filosofia, Artes plásticas ou Artes literárias, esqueça! Não precisa nem continuar essa leitura.
Tenho certeza, que nenhuma pedra vai sair do seu repouso habitual, pra implorar sua atenção mesquinha, seu "olhar Colonial", sempre disposto a classificar tudo, a enquadrar tudo no seu "modo de ver", pra se achar superior ou pra disfarçar sua pequenez diante da grandeza dos que vivem sem se importar com a nacionalidade da pedra, por exemplo.
A pedra não está nem aí, pra o fato de que alguém, pensa que ela é Portuguesa ou Irlandesa ou Javaneza, ela é pedra e pronto! Em qualquer lugar do mundo, ela sempre será pedra e continuará ignorando esses tipos preocupados, assustados com o comportamento alheio, como se sofressem de uma doença, caracterizada por uma necessidade excessiva de controlar tudo a sua volta, inclusive as pedras.
Então, também não estou nem aí, pra o caso das pedras com os homens. Não posso esperar que elas, as pedras, façam um amplo movimento libertador para descolonizar todas as pedras do planeta terra. Por outro lado, preocupa-me o efeito da colonização sobre as pessoas colonizadas que não percebem o quanto são tratadas como se fossem pedras.