terça-feira, 9 de abril de 2013

Dois pesos

Penso estar chamando alguém pelo codinome "comunidade", alguém que seja ou possa ser um tipo de interlocutor imediato, mais que uma pessoa próxima do convívio pessoal. Posso estar imaginando que ao falar "comunidade", contemplo todos os meus interlocutores próximos e distantes, sem precisar citar nomes de uns ou de outros. Enfim, contudo que possa parecer, estou certo de que gosto de usar essa palavra "comunidade" por saber da importância dela em minha vida real, concreta e prática. Não teria alcançado o grau de percepção sobre a subjetividade humana, por exemplo, se não tivesse me submetido à experiência de viver em "comunidade" e, simultaneamente, poder trabalhar minha individualidade. Por perceber que era fruto de uma solidão, que um dia se sentiu só e buscou companhia no meio dos seus pares. Desde então, vivo o drama de ser comunitário e ser individualizado, sempre tentando equilibrar os pesos nos dois pratos da balança. O equilíbrio é o maior desafio, contudo, sei que sou e sou muitos, em meu silêncio e em minha solidão acompanhada das solidões dos meus interlocutores, comuns e solidários na vida comunitária.

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