terça-feira, 28 de junho de 2011

Desnecessidades

Tenho escrito mais, ultimamente. Comparando aos longos períodos que fiquei sem escrever. Sempre que escrevo, penso no quanto deixei de escrever...aí, exercito minha memória e meu imaginário, como se fosse um escafandrista, mergulho, mergulho em busca daquelas cenas e imagens deslumbrantes que ajudaram a formar o mosaico que sou e que gosto de ser.
Assim, o momento da escrita é sempre um acontecimento à parte. Cada linha, cada estrofe, cada sequência de imagens e sentidos. O prazer da construção de um "percepto", a desconstrução de uma convenção antiga, daquelas que ninguém aguenta mais. Enfim, escrever é uma das atividades que escolhi para minha auto-realização. Depois que escrevi o primeiro texto, aos nove anos de idade, percebi algo inigualável, no em torno e por dentro de mim. De lá pra cá, prometi que jamais me afastaria daquela sensação gostosa, que experimentei quando escrevi
"Contato esmeralda", meu primeiro texto. Outros vieram, vibrei.Vivi. Comemorei e nesse momento, estou escrevendo uma espécie de homenagem a tudo que escrevi. Por isso,chamei de Desnecessidades.
Recentemente, saquei que tenho me aproximado mais da possibilidade de realizar um dos projetos mais antigos de minha vida. Antes de entrar pra faculdade de Ciências Sociais, ainda na minha fase mais subversiva, já havia feito uma espécie de coletânea dos meus primeiros poemas, "baptizei" de " imagens poévias". Não foi publicado. Certamente,aquela incipiente produção poética, foi responsável por tudo que escrevi, posteriormente.
Nas décadas seguintes, minha produção de textos se resumiu em letras de músicas, alguns poemas livres, textos para projetos culturais, argumentos filosóficos sobre Poelosofia e tudo o mais chamei de "Rascunhos das Desnecessidades". Agora, estou trabalhando para transformar todo o conteúdo dos rascunhos produzido nos últimos anos, em páginas da minha primeira publicação individual, já que, em 2010, participei de uma revista literária( Apalpe)coletânea de contos de jovens escritores das periferias cariocas. Devo admitir que foi uma experiência, salutar pra que me determinasse a retomar o projeto de compilar meu tão sonhado livro de ideias, pós, vias, visões e reflexões sobre subjetividades do homem suburbano.

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