segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Poética Afética.

Vivo nessa cidade desde que nasci. Até hoje, tive montanhas silícicas de tempo concentrado, entre tempestades e calmarias, pra executar duas simples lições: conhecer e amar esse micro/macro universo chamado Rio de Janeiro.
Muito antes do meu encontro ou flerte com a indústria cultural do cinema/música, na década de 1980, já havia mergulhado em águas barrentas de lagoas formadas pelas chuvas periódicas que regam os diferentes jardins da cidade. Os naturais, os feitos por pessoas comuns e os sofisticados projetos paisagísticos, desenvolvidos por especialistas como Burle Marx, inspirados na “vocação do Rio para o turismo”. Balela ou não, nossa cidade é nosso tudão!
“ Cidade maravilhosa, terra de encantos mil...cidade maravilhosa, coração do meu Brasil...”
Se considerarmos que o pulmão é Amazônico, o cérebro Sãopaulônico sobre corpos nordestinos, o Rio pode ser um tipo de coração que bate em andamento prestíssimo, quase saltando pela boca.
Minas, com sua “vocação para o turismo histórico religioso e sertão literário, seria uma espécie de metacoração que bate noutro tempo, mais dentro do corpo.
-Bate!
Era um parceiro do meu time, gritando e fazendo sinal pra que eu puzesse a bola no peito dele.
Vai! Essa era minha resposta, seguida de um chute preciso, porém, sem muita potência. Naquela época eu era muito magrinho, mau conseguia dar conta do peso da bola e das chuteiras ou melhor dos Kichutes.

Nenhum comentário:

Postar um comentário