Quando alguém passa anos de sua vida, desafiando o silêncio, só se pode esperar algum tipo de explosão...essas linhas podem soar como uma máxima vazia, ao mesmo tempo, podem inspirar uma excelente reflexão sobre o ato de criação.
Nas linhas, posteriores a essas declarações, é interessante deixar claro, que ninguém se declara em público, com tanta segurança, se não viveu o suficiente pra afirmar e defender, com naturalidade, as nuances na textura do mel e na textura do fel...em outras palavras, quero dizer, que é por conta de algum sacrifício, que alguém aceita mergulhar de cabeça em um determinado processo ou experiência e, ainda se propõe a uma exposição dos resultados de sua viagem interior...
Imagine o silêncio de um Monge de qualquer doutrina que se dedica a cumprir um pacto com o "insondável", o invisível, enfim, algo sem forma, impalpável, indefinível, sem dimensões exatas...Para tal processo imaginativo é preciso muito mais que silêncio.
É fundamental que se queira aprender tudo sobre o seu próprio caminho solitário em busca de um saber específico...aquilo que se possa chamar de "algo mais", o diferencial que possibilite ao espaçonauta, situar-se como referência, no tempo e no espaço, capaz de conduzir sua nave por rotas improváveis e ainda retornar à Terra e ao coletivo humano, um legado cheio de outras perspectivas.
Um ato de criação, seja qual for a linguagem ou área do conhecimento, exige imersão, que às vezes, parece confinamento, solitarismo. É quando criador e criatura, convertem-se em um só organismo, pra gerar aquilo que será ARTE.
sábado, 22 de janeiro de 2011
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