quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Meio estranho

Meu dia foi meio sem sal, sem sódio e sem sol. Foi um dia abafado, com aquele mormaço, que nenhum carioca gosta, por conta da indefinição...o Sol não sai, a chuva não cai...o vento não sopra, os pássaros desconfortáveis, se aninham com dificuldades por entre as folhas dos Oitizeiros, que também estão insatisfeitos com o comportamento do clima.
Em dias assim, é mais difícil voar, parece quase impossível cantar,
o ar mais pesado, a casa mais quente,normalmente, tudo fica mais arrastado.
A ausência de Sol forte afasta a inspiração ao banho de mar...sem banho de mar,sem sódio na pele...um dia insosso, sem choro e sem riso...enfim, um dia estranho.
Por conta da correria, passei da hora de almoçar e deletei o caminho pra cozinha.
Me lembro...tinha planos incríveis! Ia tirar um bife do congelador, deixá-lo sobre a pia, enquanto escrevia algumas linhas de um tratado, onde exponho, de forma livre, minha teoria universal sobre a importância fundamental do Rascunho, em qualquer processo criativo. Sem rascunho não há arte final, em certos casos, o rascunho torna-se a própria obra de arte, sem retoques. Agora tenho a sensação de estar trabalhando o acabamento de um texto, que havia deixado no rascunho, ao mesmo tempo, outra sensação me toma por completo e me faz acreditar que os elementos expostos no rascunho já definiam o valor estético e o nível da obra de arte em questão.
Hoje, não é um dia tão estranho quanto aquele, posso encaminhar melhor minhas prioridades. Sei que perdi outra vez, a hora regular do almoço...mas, ainda não sei ser mais eficiente que isso. Uma página me causa muito sacrifício

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