sábado, 21 de agosto de 2010

Nosso Cumbabá maior.

Foram tantos encontros, nos lugares e situações mais diferentes possíveis. Aquele homem negro, alto, forte presença marcante em qualquer parada. Quando o conheci, já havia conhecido o Mestre Darcy. Logo, me passou pela cabeça, uma das ideias que cultivo como se fosse um ovo que precisasse ser chocado e protegido, durante algumas décadas, para que nenhum mal externo o impeça de gerar uma criatura nova,uma obra de arte ou um projeto novo.

Mestre Umberto era um perfeito Gliô. Conversamos sobre várias coisas, em muitos momentos me peguei "chapado" com o grau de esclarecimento e lucidez daquele mestre, que sempre pode me ouvir e me orientar, de acordo com sua compreensão de mundo. Um privilégio que tive, conviver com ele, desfrutar do seu carinho paterno, seu respeito de homem negro e sua extrema habilidade de ensinar, sem falar na elegância...era um verdadeiro Lord Black Brazilian man.
Nunca consegui juntar o "quarteto Cumba". Darcy, Messias, Délcio e Umberto. Chego a pensar que nem eles nem ninguém tenha conseguido realizar esse encontro. Por outro lado, tive momentos intensos com cada um, que me valem pra toda a minha vida. Ah! O Délcio compõe o quarteto Cumba...mas, é o caçula e pra nossa felicidade, tá vivo e em plena atividade intelectual, produzindo horrores e maravilhas, pra ressaltar algo que ele gosta de enfatizar sobre os contrastes das coisas.
Sei bem, porque não consegui escrever sobre os Mestres, logo após suas mortes...Só agora me sinto em condições de fazê-lo. Estou apenas começando. Salve os nossos Cumbas! Salve o Jongo Contemporâneo!

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