sábado, 21 de agosto de 2010

Quanto tempo

Não importa quanto tempo resta / não sou fantoche nem arroz de festa
nada me prende,nada me segura /acendo velas na sala escura..
rezo pros santos ,bem à minha moda / jongando livre no meio da roda
que vai tomando todo o terreiro/ mulher guerreira dança pro guerreiro
que tira ponto,aquecendo o couro/ toca o tambor e desentoca o ouro
que brilha junto com canto do galo/só quem entende pode acompanhá-lo....
se não entende já se enfeitiçou/ jongo é um jogo de preto sabido
da armadilha que o branco armou, pra amarrar preto desentendido
da história , antes do colonizador/ que preparou futuro garantido
criando leis, no templo – academia /sugando sangue do tataravô
jongo é um jogo de sabedoria/ que nasce na luta com o PODER
por isso ,criança não se metia,pois não sabia ainda esse SABER

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